Pedidos de falência caem ao menor nível dos últimos 5 anos
Postado por MGonzalez no 10 de fevereiro de 2012Os requerimentos de falência no país atingiram, em novembro, o menor nível desde a entrada em vigor da Nova Lei de Falências (em 2005), com um total de 148 pedidos ante 173, em outubro, e 204, em igual mês de 2009. Já o número de solicitações acatadas pela Justiça somou 56, ligeiramente acima do total registrado em outubro (53) e bem abaixo das falências decretadas em novembro do ano passado (100).Os dados foram divulgados esta semana pela empresa de consultoria Serasa Experian.
O segmento de pequenas e micro empresas foi o único com aumento de falências decretadas na comparação com outubro, de 46 para 52. No entanto, houve queda em relação a novembro de 2009 (89). Quantos aos pedidos de falência, o total nesse segmento chegou a 92 em novembro deste ano, volume menor do que em outubro (108) e do que em igual período de 2009 (132).
Entre as empresas de porte médio, os pedidos de falência aumentaram de 28, em outubro, para 35, em novembro. O total referente ao mês passado é inferior ao registrado em igual mês de 2009 (48).
De acordo com os economistas da Serasa, o crescimento das recentes dificuldades financeiras dessas empresas é “pontual”. Para os analistas, essa situação tende a se reverter em dezembro, com o aumento da atividade por conta das festas de final de ano.
O Índice de Confiança de Serviços (ICS), que mede a confiança das empresas no desempenho do setor, caiu 0,3% de outubro para novembro, passando de 132,2 para 131,8 pontos. O resultado representa a terceira queda consecutiva. Desde agosto, o índice acumula redução de 2,2%. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou ontem os dados, há um “quadro de desaceleração do ritmo de atividade do setor”.
O levantamento aponta que o recuo ocorreu em função da avaliação menos favorável sobre o momento presente. Em novembro, o Índice da Situação Atual (ISA-S), que verifica as condições presentes da economia brasileira, diminuiu 2,5%, de 125 para 121,9 pontos. Mesmo assim, o documento destaca que o ISA ainda é o segundo maior de 2010 e está 3,7 pontos acima da média do ano. Já o Índice de Expectativas (IE-S), que avalia as projeções sobre a situação da economia nos próximos meses, subiu 1,8%, ao passar de 139,4 para 141,8 pontos, após dois meses em queda.
O indicador que mede a satisfação com o nível de demanda atual foi o que mais contribuiu para o recuo do ISA-S de outubro para novembro, ao passar de 118 para 114,6 pontos. De acordo com o levantamento da FGV, das 2.234 empresas consultadas, 27,9% avaliam a demanda atual como forte e 13,3% a avaliam como fraca. Em outubro, o primeiro grupo havia somado 28,8% e o segundo, 10,8%. Já o quesito que mais influenciou o aumento do IE-S foi o que mede a tendência para os próximos seis meses, com elevação de 4,5%, ao passar de 137,9 para 144,1 pontos.
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Publicado em: 10 de fevereiro de 2012
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