EUA não pretendem voltar a ser maior parceiro comercial brasileiro, mas sim resolver pequenas discordâncias
Postado por MGonzalez no 17 de março de 2011Logo após Barack Obama ter assumido a presidência dos EUA, a China superou a maior economia do mundo como principal parceiro comercial do Brasil. Dois anos depois, o presidente americano faz entre os dias 19 e 20 sua primeira visita ao País.
Com a vinda, entretanto, ele não tem a pretensão de recuperar o posto perdido para os chineses, segundo economistas e cientistas políticos. No que diz respeito às intenções comerciais, afirmam, o presidente dos EUA quer apenas resolver questões antagônicas pontuais, como a bitributação de produtos.
“Obama sabe que a China é imbatível”, disse Daniel Motta, professor de economia estratégica do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Para ele, muito mais do que defender a posição dos EUA nas economia brasileira e de outros países latino-americanos, a visita pretende tratar “o grande antagonismo que existe entre brasileiros e americanos”.
Entre os pontos a ser discutidos estão as barreiras tarifárias impostas contra produtos agrícolas no Brasil. Outro tema é a quebra de patentes dos EUA na indústria farmacêutica, com o Brasil trabalhando com medicamentos genéricos. “Obama quer proteger o capital intelectual de seu país em tecnologia, isso é muito mais importante do que o objetivo de ser principal parceiro", afirmou Motta.
Além disso, é bem provável que o encontro do líder americano com a presidenta Dilma Rousseff também traga avanços nas discussões de bitributação de produtos, na opinião de Celso Grisi, professor de economia da Universidade de São Paulo (USP) e diretor do instituto de pesquisas Fractal. “Seria um bom momento para os dois lados negociarem um tratado que reduza a carga tributária excessiva.”
O petróleo também deverá estar na pauta das reuniões entre os líderes de Brasil e Estados Unidos. “Eles têm interesse nesse setor, mas o assunto não deverá ir muito além da conversa”, disse Victória Saddi, professora de economia do Insper.
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Publicado em: 17 de março de 2011
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