Déficit deixa o Brasil mais vulnerável
Postado por MGonzalez no 4 de maio de 2011O expressivo crescimento do déficit em conta corrente nos últimos meses já influencia a cotação do dólar e deixa o Brasil mais vulnerável aos humores da economia global. Por enquanto, 10 entre 10 analistas avaliam que o rombo pode ser coberto facilmente, o que afasta o risco de uma crise. Mas muitos já alertam que a continuidade do atual ritmo de alargamento do rombo poderá afetar a expansão do País a partir de 2011.
Em dezembro, o saldo negativo alcançou US$ 5,9 bilhões, um recorde mensal desde que a estatística começou a ser feita, em 1947. No ano passado todo, o buraco chegou a US$ 24,3 bilhões, o equivalente a 1,55% do Produto Interno Bruto (PIB). Para 2010, a expectativa do Banco Central (BC) é de que o déficit seja de US$ 40 bilhões. No mercado, porém, há projeções de até US$ 60 bilhões, mais de 3% do PIB.
A conta corrente sintetiza as relações de uma nação com o exterior. Inclui a balança comercial (exportações menos importações), a balança de serviços (como royalties que multinacionais mandam para suas matrizes) e as transferências unilaterais (dinheiro que estrangeiros que vivem aqui remetem para seus países e brasileiros que moram lá fora mandam para cá). Quando a conta corrente é deficitária, o país precisa financiá-la.
Hoje, não há problemas, pois o Brasil é o queridinho do mercado financeiro global. Só de Investimento Estrangeiro Direto (IED) o BC espera US$ 45 bilhões em 2010, o que não está muito distante da média do mercado. Há, ainda, outras fontes potenciais de atração de dinheiro, como aplicações em títulos públicos e ações brasileiras. A essas atenuantes devem-se acrescentar as reservas do País, de US$ 241 bilhões.
Post Relacionados
Publicado em: 4 de maio de 2011
Categorias: Crise economia, Economia, Economia Brasil, Economia Brasil 2011, Economia Brasil 2012, PIB 2011, PIB 2012, Problemas Comerciais, Setores da economia
1 Comentário
RSS de comentários. TrackBack URI
[…] turismo, hotelaria, diversão, cultura, espetáculos, administração publica e os denominados serviços públicos, seja que os preste o Estado ou a iniciativa particular (saúde, educação, atenção a […]
Pingback por O Setor Terciário ou de Serviços da Economia — 21 de outubro de 2011 #